sábado, 17 de outubro de 2009

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Neste dia, esta notícia daqui , mostra bem no que se tornou este país (socialista):

Bruno (nome fictício) desmaiou a meio de uma praxe. Quando acordou, os colegas perceberam porquê: não comia há dois dias. Tinha chegado dos Açores com 200 euros no bolso, mas o dinheiro foi-se logo no pagamento da primeira prestação das propinas, na matrícula.

Sem coragem para pedir mais dinheiro aos pais, Bruno está a viver da ajuda dos colegas, que lhe pagam as refeições na cantina da Universidade da Beira Interior (UBI).

Leonor (nome fictício) chegou no ano passado à mesma universidade. Na altura, não imaginava que o segundo ano de Economia pudesse ser tão complicado.

«O pai ficou desempregado e a mãe está de baixa há meses», conta Rui Garcia, da Associação Académica da UBI, que conhece de perto as dificuldades de estudantes que muitas vezes têm vergonha de pedir ajuda.

É o caso de Leonor: os cêntimos são contados um a um e «os pais nem sabem as dificuldades que passa para comer».

O desemprego e o divórcio dos pais estão, na maioria dos casos, na origem do agravamento das dificuldades dos alunos. «A crise veio acentuar os problemas», constata o dirigente académico da UBI.

2 comentários:

Anónimo disse...

De certeza que não é preciso ir tão longe para nos apercebermos da miséria em que muitas famílias vivem... EU JÁ PASSEI POR ISSO! E sei o quanto custa...sairmos à rua com a cara levantada, para que ninguém se aperceba da realidade que temos em casa..
APETECE DESAPARECER DESTE MUNDO PARA SEMPRE...

Anónimo disse...

Esta cena já se passou comigo, há uns anos, estava eu no executivo de uma escola, dávamos o pequeno almoço, o almoço e o lanche a muitos jovens. Eram as únicas refeições que comiam. Parece-me que com o encerramento das fábricas cerca de 500 famílias desta região vão, passar por dificuldades. Espero que o actual director tenha a capacidade de contornar "os pormenores" e alimentar os jovens.