domingo, 9 de novembro de 2008

Lutando Pela Nossos Direitos e Pelos Dos Que Também Não Merecem





Partimos cheios de folia, logo pela manhã.
Fomos aproveitando para falar, rir, pôr a prosa em dia.
Lá chegados, começamos a ver a imensidão de um protesto que a todos une.
Ouvimos, aplaudimos, assobiámos, ovacionámos, pateámos, cantámos.
Éramos tantos que, tendo ficado para trás, tivemos de esperar horas até conseguirmos sair do Terreiro do Paço. Já os do Norte tinham chegado, há mais de uma hora ao Marquês e começavam a descer novamente para o Terreiro, quando o nosso grupo conseguiu sair de lá. Cansados de tanto esperar, mas sempre com força para continuar em luta!

No entanto, ao longe, as nuvens adivinham-se escuras, um tempo talvez de tormenta…
Um elefante sozinho e tresmalhado, perdido numa selva para ele desconhecida, teimoso, descontrolado, cego de raiva e de se ver errante, continua a urrar, calcando na sua frente quem lhe surge, sem dó nem piedade. O que é preciso é salvar a pele, não importa como!

Será premonitório?
Voltamos com a certeza de que teremos de lutar com todas as forças contra um monstro pesado, cego e sem rumo, que ao sentir-se perdido não sabe quem continuar a esmagar!

1 comentário:

Anabela Magalhães disse...

Foi lindo, Tiza! Recordarei para sempre a união e a cumplicidade estabelecida entre pares.
Foi lindo!