
O doutor então exclamou: - "Mas isso é extraordinário". A senhora tem quantos anos?
- 33, respondeu-lhe a velhinha...
ou como vejo as coisas da vida...
Voltei, porque a minha Net, precocemente gasta até ao último byte, voltou numa nova mensalidade.
Sim, é verdade que o meu lado cultural, intelectual e inteligente se envergonha.
Mas sim, assumo que tenho uma parte de mim que se vicia em coisas do género"joguinhos" parvos e obsessivos que me deixam depois, toda a noite, a ver pecinhas florescentes e vivificada a caírem hiperactivamente pelos meus olhos abaixo, mesmo que os feche e tente dormir!
Depois, durante uns tempos, faço uma terapia a mim própria, tentando penitenciar-me pelas horas que perdi nestes pecados estéreis que me não me trazem nada de novo.
Por outro lado, os prazeres da vida não são sempre os frutos proibidos?
Os frutos proibidos não são sempre o que nos alimenta a adrenalina?
A adrenalina não precisa dos vícios para sobreviver?
Sobreviver não é, de tempos em tempos, viver sobre pressões de que nos queríamos abstrair?
Sobrevivamos então, por mais uns tempos, entregues aos vícios e aos prazeres.
Cheguei agora a casa.
De manhã estive numa apresentação de livros, que a bem da verdade, não me elevou por aí além, o meu patamar cultural. Depois, qual verdadeira workoolick fui acabar uma pontinhas de trabalho lá no staminé-escola.
De manhã revi três ou quatro colegas de curso, porque a maioria avassaladora é "Gente Jovem" que não conheço de lado nenhum.
Conclusão que tiramos (eu e a minha amiga F):
As nossas colegas de curso ou já morreram todas, ou ficaram ricas e já não precisam de trabalhar ou então ficaram tão feias que já ninguém as conhece!
Há sempre a última hipótese que é a terem ficado em casa a lavar as escadas com lixívia porque vem aí a Páscoa!
Entretanto vou um bocadito para o sofá, continuar a ver se ganho o "bício"do facebook e da tal quinta que está a tornar a maioria dos professores nuns verdadeiros agricultores e proprietários do ramo agrícola!
A verdade é que, da maneira que isto ficou, a agricultura pode ser uma porta de saída para quem quiser deixar a educação! Mas cheira-me que só sentados no sofá não vamos a lado nenhum.